segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Estrelas...




A primeira descrição de um vinho espumante foi feita pelo monge Dom Pérignon, responsável pela adega da Abadia dos Beneditinos em Hautvillers, uma cidade no distrito de Champagne, na França, entre os anos de 1668 a 1715, onde se tornou famoso por suas inovações nas técnicas de vinificação e por sua habilidade de mesclar vinhos. Sua habilidade em degustar vinhos é em parte atribuída à deficiência visual que adquiriu no final da vida. Dom Pérignon foi um dos primeiros enólogos a utilizar rolhas para vedar as garrafas, ao invés de pano ou madeira, além de ter preferência por garrafas de vidro mais resistente, que haviam sido recentemente importadas da Inglaterra.

Como conta a história, numa primavera Dom Pérignon estava degustando seus vinhos, fermentados e engarrafados no inverno anterior(na colheita anterior), e, durante esta degustação, descobriu algumas garrafas com grande quantidade de bolhas. Eufórico ele comunicou o fato aos outros monges, dizendo: “Venham rápido irmãos, estou bebendo estrelas”. É por esta razão que muitos rótulos de vinhos espumantes e champagnes são decorados com estrelas, numa referência simpática à frase de Dom Pérignon.

Hoje os espumantes e Champagne são utilizados para dar às boas-vindas, para brindar momentos especiais, e se tratam de vinhos deliciosos e refrescantes; funciona muito bem como aperitivo acompanhando uma entrada, ou harmonizando com saladas, ostras, salmão defumado, caviar, comida chinesa(alguns), cogumelos, aspargos... uma infinidade de pratos!


Algumas opções que você deve conhecer:

Espumante Vallontano Brut(Brasil), Espumante Vallontano Moscatel(Brasil), Espumante Moscatel - Giacomin(Brasil), Pol Roger Brut(França), Bollinger Cuvée NM Brut(França), Ayala Rosé Majeur Brut(França), Billecart-Salmon Rosé NV(França), Chandon Excellence(Brasil), Prosecco Brut Adriano Adami(Itália) ...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Minhas paixões...



Uma das minhas paixões, hoje, é o vinho... este vasto mundo me encanta... o terroir, as uvas, os produtores, a arte, o carinho(que muitos produtores dedicam ao seu vinho, nem todos!), os rótulos(alguns são verdadeiras obras de arte!) uma eterna descoberta e muitas, inesquecíveis!!

Hoje vou comentar um pouco sobre uma das uvas que muito me agrada, a rainha das brancas: A Chardonnay(lê-se chardonê)!

De origem francesa, sendo ela responsável por todos os vinhos finos(e brancos) produzidos na região da Borgonha, é uma das uvas brancas de sucesso no mundo todo! Em muitas regiões do Novo Mundo ela se adaptou muito bem produzindo grandes brancos, na Argentina, Chile, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Estados Unidos... No Velho Mundo faz sucesso na Itália produzindo brancos da região da Toscana ao norte da Itália: Friuli, Alto Adige, Lombardia.. e maravilhosas exceções... como um belíssimo Chardonnay grego que eu provei outro dia: Gevovassíliou Chardonnay, delicioso! Existem dois grupos de vinhos Chardonnay; os envelhecidos em barricas de carvalho e os não envelhecidos. Os que envelhecem são normalmente mais encorpados, e os que não envelhecem são mais leves porém mais secos. O vinho da Chardonnay costuma ser pleno, acessível, amanteigado(me lembra deliciosas amêndoas), frutado e dependendo do tipo de vinificação adotado, ter ou não o aroma de baunilha derivado do "molde" em tonéis de carvalho. Costuma ter uma enorme variedade de aromas e sabores, os mais conhecidos: maçã, pêra, frutas cítricas, melão, pêssego, abacaxi, manteiga, cera, mel, "balas toffee" ou "butterscotch" (espécie de caramelo feito com açúcar queimado e manteiga ou xarope de milho) baunilha, especiarias diversas, lã molhada(na Borgonha), minerais e pedra de isqueiro(Chablis) rs... o que vale mesmo é a SUA memória olfativa = cada um tem um nariz, então você não precisa sentir todos estes aromas(servem somente como referência!).


Algumas preciosidades de Chardonnay franceses: Chablis, Puligny-Montrachet, Mersault, Corton-Charlemagne, Chassagne ...


Aprecie com moderação!